Significado de Paradoxo: O Que é, Conceito, Definição
Nossa pauta do dia no Semântica Hoje é o significado de paradoxo. E essa é uma palavra que pode ter, basicamente, dois sentidos diferentes. Bem distantes entre si.
Assim, podemos entender o paradoxo, na maior parte das vezes, por, apenas, um deles. Que, geralmente, é o significado inserido em um contexto. Em oposição ao menos conhecido, que possui sentido em si.
De qualquer maneira, explicaremos ambos os significados e daremos exemplos de usos de paradoxos, para facilitar o seu entendimento. Sendo assim, fique com a gente para conhecer um pouco mais da língua portuguesa e tenha uma boa leitura.
Indice
Qual é o significado de paradoxo
Podemos entender o significado de paradoxo como uma declaração ou opinião contrária àquela que é tida como válida ou dominante. Esse é o sentido menos explorado do paradoxo. No entanto, o que mais tem sentido em si, independentemente do contexto.
Além disso, temos a definição de algo que está desprovido de lógica ou de sentido, em si. Um exemplo dos dois casos é o texto de Oscar Wilde, onde ele diz que a natureza imita a arte.
Além de não fazer sentido, visto que a arte é uma leitura da natureza, ela contraria a opinião comum. Nesse caso, no entanto, Wilde quis dizer que olhamos para a natureza de forma diferente, a partir do nosso contato com a arte.
Em literatura, o significado paradoxo pode ser também chamado de oxímoro. Esse consiste em uma figura de linguagem que aproxima ideias conflitantes, dando a impressão de falta de lógica.
Assim, quando Camões descreve que o amor é dor que desatina sem doer, está aproximando duas ideias conflitantes. Dor e sem doer, respectivamente.
Qual é a origem de paradoxo?
Como a maior parte do nosso léxico, a palavra paradoxo vem do latim. Paradoxus que, em grego, ficou paradoxos, vem da junção de duas palavras.
O prefixo para- quer dizem contrário a. Enquanto doxa, mesmo em português, quer dizer opinião.
Assim, ele se aproxima muito mais de uma opinião contrária, que é o primeiro sentido de que tratamos. Mas, também, pode ser uma opinião que contraria a própria lógica, apesar de ter uma construção bastante coerente.
Assim, quando identificamos um paradoxo, estamos não, apenas, nos deparando com um pensamento conflitante. Mas, também, expandindo os limites do próprio conhecimento humano. Tanto em ciências naturais, quanto nas mais filosóficas.
Aliás, na filosofia, esse é um termo bastante empregado. Filósofos estóicos o empregam para designar o que faz sentido, apesar de contraditório.
Significado de paradoxo como figura de linguagem
O paradoxo, como figura de linguagem, está, bastante, relacionado à antítese. Isso, pois ambas as figuras utilizam-se de palavras opostas, mas que se unem em função de um mesmo sentido.
Assim, encontramos declarações cheias de contradições lógicas. Mas que, em conjunto, apresentam um sentido para quem está recebendo a mensagem.
Paradoxos na literatura
Abaixo, temos alguns exemplos de usos de paradoxos por escritores famosos. Como você verá, ele se faz presente nos mais diferentes estilos de escrita. Desde a prosa até as letras de música.
Tanto de meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio
(Luís Vaz de Camões)
Que não vejo, mas vejo,
Que não ouço, mas ouço,
Que não sonho, mas sonho,
Que não sou eu, mas outro…
(Fernando Pessoa)
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
(Luís Vaz de Camões)
Quem acha vive se perdendo
(Noel Rosa)
O maior paradoxo do desejo não está em procurar-se sempre outra coisa: está em se procurar a mesma, depois de se ter encontrado. (Vergílio Ferreira)
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão
(Vinicius de Moraes)
Colocamos apenas alguns exemplos aqui. Mas a lista é bastante extensa. E alguns autores fazem mais uso dessa figura de linguagem que outros. Como é o caso de Fernando Pessoa.
Paradoxo de Zenão
Existem, alguns paradoxos mais famosos que os outros. Como aqueles que são propostos por filósofos, como é o caso do helênico Zenão.
No caso, Zenão elaborou uma série de paradoxos, para provar como alguns conceitos tidos como certos possuem inconsistências. Tais como a divisibilidade, a multiplicidade e o movimento.
Dentre esses paradoxos está a corrida entre Aquiles e uma tartaruga. Para contextualizar, além de sua força, coragem e invulnerabilidade, Aquiles era conhecido por ser um grande corredor.
Nesse paradoxo, em específico, a tartaruga começa a correr antes de Aquiles e, quando esse tenta alcançá-la, nunca consegue. Isso, pois após cobrir a distância de 100 metros que os separa, a tartaruga já andou mais 10 metros.
Quando ocorrem esses 10 metros, a tartaruga já andou mais 1 metro. E assim por diante. O propósito, aqui, era desacreditar o conceito de movimento contínuo. Porém, a resolução desse paradoxo nos trouxe o conceito de aceleração da velocidade.
Paradoxos temporais
Quando imaginamos a possibilidade de viagens no tempo, nos deparamos com alguns paradoxos. Muitos deles, inclusive, foram retratados em obras de ficção (científica ou não).
Um deles diz respeito ao paradoxo do avô. Nele, um viajante chega ao passado e mata seu avô antes da concepção de seu pai.
Assim, o pai do viajante e, consequentemente, o próprio viajante, não nasceram. Logo, o evento que causou a morte do avô (a viagem no tempo) nunca ocorreu. Assim, o avô, ainda pode ser morto pelo seu neto viajante do tempo psicopata.
Para resolver esse paradoxo, algumas hipóteses foram elaboradas. Como, por exemplo, a criação de realidades paralelas ou, então, a inevitabilidade de alguns eventos. Como, por exemplo, a impossibilidade de o avô morrer, antes de conceber o pai do viajante.
Outro paradoxo é o paradoxo de bootstrap ou paradoxo ontológico. Basicamente, ele diz que um evento só aconteceu no passado, por conta de uma viagem, com origem no futuro, que ocorreu por conta desse mesmo evento no passado.
O exemplo mais simplificado desse tipo seria o de um viajante do futuro que entrega as tecnologias necessárias para a construção da primeira máquina do tempo a alguém do passado.
Assim, a máquina do tempo só é possível com essa informação. E essa informação só existe por conta da transmissão através de uma viagem no tempo. Que, por sua vez, só é viabilizada pela construção da máquina. Dessa maneira, a informação surgiu fora do ciclo onde ela é consumida.
Além disso, existem ainda, diversos outros paradoxos que podem ser explorados. Por exemplo, o paradoxo dos gêmeos ou o paradoxo de Epicuro. Ambos foram fundamentais para o desenvolvimento de conceitos da física e da filosofia.
Perguntas Frequentes sobre paradoxo
Economize dinheiro gastando-o;
Se eu sei de uma coisa, é que não sei nada;
Este é o começo do fim;
No fundo, você é muito superficial;
Eu sou um mentiroso compulsivo.
Um exemplo de paradoxo é “Acordar é sonhar” . Um paradoxo é uma figura de linguagem na qual uma afirmação parece se contradizer.
Falsídico – Lógica baseada em uma falsidade.
Verídica – verdadeira.
Antinomia – Uma contradição, real ou aparente, entre dois princípios ou conclusões, ambos parecem igualmente justificados.
Conclusão sobre o significado de paradoxo
Sendo assim, importante é ter em mente é que esses pensamentos, mesmo contraditórios nos impulsionam como espécie. Pois nos fazem questionar conceitos tidos como imutáveis.
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